terça-feira, 2 de setembro de 2008

Exordya on MetalWood







Num tom de ante-estreia e pré-concerto, o MetalWood foi até ao local de ensaio de Exordya para conhecer um pouco esta nova banda regional e, ajudar a divulgar aquilo que fazem. Mantenham-se atentos e não falhem o pisar de palco destes meninos, no dia 6 no Rocks Club.



Olá antes de mais, apresenta-nos Exordya (quem são, qual o estilo…)

Luís: Exordya é uma banda de Hardcore formada em Janeiro de 2008, e é composta por cinco elementos sendo eles: Gil (baixista), Luís (vocalista), Alex (guitarrista solo), Tiago (baterista) e Carlos (guitarrista ritmo).


Exordya soa e tem a força de um grito de guerra, o que quer dizer Exordya e porquê a escolha desse nome?

Tiago: Exordya vem do latim “Exordium” e significa o princípio de qualquer coisa, neste caso e neste momento, adequa-se ao nosso início.

Luís: O engraçado é que o nome surgiu muito cedo, e partiu de uma ideia do Carlos que em 2006 criou um blogue onde pedia elementos para formar uma banda. Quando nos juntamos ele sugeriu o nome Exordya, e pela força dessa palavra foi logo aceite pelos restantes membros.


Pelo pouco que nos foi dado a conhecer o vosso som caracteriza-se essencialmente por um Hardcore, com alguns laivos mais pesados (Crossover). O que vos leva a praticar esse tipo de sonoridade?

Alex: Eu estou habituado a tocar MetalCore e quando entrei, a banda caracterizava-se por um Rock. Nessa altura era o Carlos que fazia os instrumentais e os restantes acompanhavam. Ao juntar-me a Exordya comecei a introduzir as minhas influências e após um tempo conseguimos este tipo de sonoridade.


Tendo em conta o panorama regional e o quão difícil é o meio, o que achas que Exordya vai trazer de novo e o que vos leva a lutar?

Luís: Exordya, para além de se querer afirmar nos palcos, pretende unir as bandas e criar um bom ambiente entre elas, afastando a ideia de competição uns com os outros. Só assim conseguiremos todos obter um bom resultado. É isso que vai acontecer dia 6 - duas bandas que já se conhecem, um espírito de entreajuda elevado, e companheirismo.

Falta a união de bandas, faltam pessoas que apoiem aqueles que mensalmente ensaiam. Por vezes são meses ou anos de trabalho e só passado esse tempo é que as bandas saem, há também muito dinheiro investido em instrumentos e tudo isso tem de ser valorizado. A nossa luta é sobretudo pela união.


O que acham que falta à Madeira para se impor no meio musical, como tantos outros locais com menos gente e menos coisas o conseguem fazer, e dou-vos como exemplo os nossos vizinhos: Açores?

Alex: Tendo como exemplo os Açores o que verificamos, é que há muita união entre bandas e as organizações não se importam com o dinheiro que vão lucrar com um evento, desde que o lucro dê para pagar as bandas e algumas despesas, para eles já é muito bom, o que importa é que todas as bandas mostrem aquilo que têm para mostrar. Novamente, o que falta cá é união entre bandas e organizações.


Como existem diversos elementos, as vossas influências também serão diversas, de todas elas quais as que destacarias?

Luís: No meu caso eu sou influenciado um pouco por tudo desde alternativo, metal e outros, por exemplo: Bjork, Soulfly e até mesmo um pouco de Pop. Todas essas sonoridades reflectem-se de modo directo ou não. Quando criamos as nossas músicas e melodias o objectivo é criar algo que seja uma mistura de todos esses elementos e sonoridades, criando algo único, atmosférico e honesto.

Tiago: Eu antes tinha uma banda de Punk Rock, enquanto o Carlos estava mais dentro do metal, o Alex, mais dentro do Hardcore e o Gil mais para o Reggae, como vês todos os nossos gostos são muito distintos, o que nos permite uma maior abertura musical.


Vocês são todos muito novinhos, quais são as vossas ambições para este projecto?

Alex: O nosso objectivo é ir o mais longe possível, tentar sair do panorama regional, e abranger outros horizontes e claro, que as pessoas gostem daquilo que fazemos.


Encontram-se neste momento em fase de preparação para o vosso primeiro concerto como banda de abertura para Karnak Seti. Como é que vocês se preparam para isso e que expectativas têm para esse dia?

Alex: Nós temos ensaiado três dias por semana e há coisas que ensaiamos individualmente todos os dias, no geral vamo-nos apoiando mutuamente e tentamos ensaiar o mais que pudemos.

Luís: Só assim conseguimos limar algumas coisas que ainda faltam limar, mas as expectativas para esse dia são grandes. Abrir para os Karnak Seti que para nós é uma das melhores bandas regionais, para além de serem pessoas de referência em termos humanos, é um privilégio que nunca tínhamos pensado que nos seria concedido.


De que modo é que vocês vêem as bandas regionais e o panorama regional?

Alex: Como já foi mencionado o objectivo era criar um espírito de união entre todas as bandas. Cá isso não existe muito, por exemplo, a única banda que até agora nos apoiou foram os Karnak Seti, têm sido grandes amigos e foram eles que sugeriram que nós abríssemos para eles.

Luís: Existem também outras bandas que nos têm apoiado, por exemplo: Outer Skin também demonstrou interesse em tocar connosco, e isso é bom. Existem bandas tão boas e pessoas talentosas, mas a questão é que existem poucos locais para as bandas tocarem


No vosso Myspace, podemos encontrar a notícia de que vocês estão a gravar a vossa demo, como é que estão a decorrer as gravações?

Luís: Gravamos algumas coisas, mas ficamos à espera de mais em termos de resultado final, em relação à música que disponibilizamos no Myspace. Mas vamos com calma e após dia 6 gravaremos em estúdio e esperamos ter um produto final digno de ser apresentado ao grande público.


O que acham dos novos meios de divulgação como o Myspace, LastFm e outros?

Luís: Esses novos meios são espectaculares, são tão fáceis de usar. As novidades transmitem-se rapidamente através dos boletins e todos os teus amigos ficam a saber das coisas. São bons meios para divulgação e exposição, permitindo um retorno quase imediato ao que lá é colocado, sejam opiniões ou críticas.


Como é que tu lidas com as críticas?

Luís: Eu recebo sempre com os ouvidos abertos e tento sempre aprender algo com elas, desde que as críticas sejam construtivas e não se limitem apenas em deitar abaixo.


Por fim, e como já é habitual nas nossas entrevistas, o que achas do MetalWood?

Luís: O MetalWood é um meio engraçado, onde as pessoas partilham opiniões, mas sinto um certo receio de escrever porque tudo aquilo que é dito tem de ser pensado duas vezes. É um ambiente um pouco hostil, e existe um certo medo de participar no fórum, porque as coisas muitas vezes, e por ser um meio escrito, correm sempre o perigo de serem mal interpretadas.

É um fórum que tem mantido uma base de usuários muito grande e isso não acontece por acaso, é sinal que existem pessoas lá que fazem um bom trabalho.

É tarefa dos administradores puxarem pelas pessoas, e mais posts como os do Joe sobre notícias também cativa a mais participações.



http://www.myspace.com/exordya


por Mortisa